Este filme não é espanhol
mas é sobre Espanha, entre o século 18 e 19. É certo que são tomadas certas liberdades com a História e mesmo com a história: há certos aspectos no argumento que são pura e simplesmente incredíveis. Filhas da alta burguesia a serem torturadas pela Inquisição? Padres da Inquisição a serem torturados por famílias da alta burguesia? Padres caídos em desgraça tornados em ministros plenipotenciários de Napoleão? Exércitos ingleses (que entraram em Espanha pelo Norte de Portugal) a interceptar uma carreta de prostitutas deportadas de Madrid para as Américas (presumivelmente por Cadiz)?
Mas sempre é um filme de Milos Forman. As interpretações são razoáveis, os cenários e os figurinos impressionantes, a reconstituição de época credível. E é muito interessante o jogo regular que é feito entre a história e a cenografia e os quadros e gravuras de Goya, uma espécie de diálogo pintura/cinema bem conseguido.
Não é o melhor filme que já aqui vimos, mas deu para entreter numa tarde chuvosa a meio da semana.
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