Finalmente o Alhambra
Temos andado a encanar a perna à rã para não falar logo do Alhambra. Claro que de Granada é o que salta logo à ideia. E com razão. Classificado como património da humanidade, recebe mais de 6 mil visitantes por dia e os bilhetes têm (quase) sempre de se comprar com antecedência. Ocupa toda uma colina sobranceira à cidade, rodeado por um belíssimo bosque, e leva no mínimo uma tarde inteira para ser visitado.
Agora uma coisa tem de se admitir: muito do que se vê é francamente banal. A Alcazaba não passa de um castelo em semi-ruína cujo único interesse é a vista sobre a cidade.
Os jardins da Generalife são apenas isso mesmo: jardins bonitinhos e pitorescos, com jogos de água e buxo.
O palácio de Carlos V apenas se distingue por ser quadrado por fora e redondo por dentro, como uma praça de touros.
Já os Palácios Nazari, isso sim, são magníficos, fora deste mundo, inolvidáveis. Merecem a viagem e muito mais. São poemas feitos arquitectura, renda delicada transformada em mármore e estuque, geometria policromática convertida em azulejos. Salas, pátios, miradouros, recantos, numa sucessão estonteante. Não podia ser mais bonito.
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