Quarenta e ...?
Há dias assim. Os últimos têm sido quentes mas felizmente ainda não chegaram a este ponto.
Devo dizer que viver em Sevilha obriga-nos a pensar e a sentir os dias de calor de uma outra forma. É como se o calor extremo se relativizasse tendo em conta a possibilidade de que este se intensifique ainda mais. 42 graus ao atravessar a Ponte do Cachorro? Nem parecia, diria que não passava dos 35.
Damos por nós, sem nos apercebermos, a seguir sábias estratégias desenvolvidas pelos povos que por aqui habitaram durante séculos:
Andar na rua entre a uma e as seis da tarde? "Only mad dogs and englishmen"; Esperar pelo sinal verde para atravessar a rua? Só uns metros atrás, resguardado pela sombra de uma árvore, de um prédio vizinho ou mesmo de um poste ou placa de trânsito; Andar sempre pela sombra, muita vezes praticamente colado à parede - quem não anda assim ou é louco ou não é sevilhano.
E depois.... Entupir-se de líquidos: Água ou Aquarius na versão sóbria; cerveja, tinto de verano (a velha fórmula tinto + gasosa) ou sangria na versão festiva popularucha; ou um vinho branco seco ou cocktails numa versão mais requintada.
O que interessa fundamentalmente é a protecção do sol e do calor, acompanhada de uma refrescante bebida mais ou menos etilizada consoante a hora e a disposição.
1 comentário:
Rectificação: sim, já chegámos a este ponto. Hoje, ao atravessar a Ponte do Cachorro às 6 e 20 da tarde a Giraldina pode confirmar que o termómetro marcava 49 graus. É certo que o termómetro estava ao sol e não nas condições controladas do serviço de meteorologia... Mas concordo com o Giraldino, isto é estranhamente suportável...
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